5 Histórias que representam 50 anos de ChildFund Brasil

Dizem por aí que para o ser humano passar pelo planeta e deixar sua marca é preciso que ele tenha um filho (biológico ou não), escreva um livro e plante uma árvore, certo? Seguindo esse mesmo raciocínio, qual deve ser o legado quando se trata de uma organização de desenvolvimento social? Para o ChildFund Brasil, a qualidade e o impacto do trabalho são medidas pela transformação gerada pela organização social.

Nesse quesito, olhando para as últimas cinco décadas, o ChildFund Brasil tem muito a ser orgulhar. Mas não se trata de sentimento contemplativo, não! É a oportunidade de ver nas vidas transformadas o combustível para ir ainda mais longe. Mas esse entusiasmo só ganha corpo caso a organização tenha um apoio fundamental: o seu! Graças à colaboração de pessoas comuns, de empresas que acreditam na inovação social e de voluntários que anseiam a transformação do mundo é que os resultados podem se concretizar.

Por meio de um eficaz sistema de apadrinhamento de crianças, adolescentes, jovens, famílias e até mesmo comunidades inteiras que enfrentam enormes desafios sociais, a entidade se mobiliza para fazer um trabalho de alto impacto social e de transformação real, garantida. Só para se ter uma ideia, graças a contribuição e a ação integrada com 40 organizações sociais locais, nós beneficiamos mais de 148 mil pessoas em sete estados brasileiros.

Mas, nós olhamos para esse número não com o sentimento de dever cumprido. Temos a absoluta convicção de que precisamos fazer mais. E, certamente, encontramos em você, que nos prestigia com a leitura desse post, um aliado para transformar em realidade um sonho que temos em comum: o de viver em um Brasil de mais oportunidades e igualdades para todos, independente da classe social, etnia, gênero ou região que habite.

Como a transformação acontece?

Muito além do trabalho em rede e da contribuição dos que mencionamos aqui, o ChildFund Brasil investe em Tecnologias Sociais (TS) para que a ação realizada, de fato, promova transformações incríveis para as comunidades assistidas. Em linhas gerais, as Tecnologias Sociais se qualificam como métodos, processos ou técnicas que podem ser utilizados para resolver inúmeras demandas, como aquelas que vemos por aí em nosso país: falta de saneamento básico, privação do acesso à água potável entre outros. Tem outro post por aqui que relacionamos 6 dessas tecnologias que o farão compreender melhor o assunto.

Esse fato, somado ao acompanhamento rigoroso feito por nossos especialistas, nos faz colher frutos de um trabalho que não acaba em apenas um ano. É extremamente comum nós ouvirmos entre as comunidades atendidas histórias de pessoas que alcançaram sonhos e se tornaram protagonistas para transformar outras vidas. Não é demais?

Isso é tão importante que nós elegemos esse tema para festejar o Jubileu de Ouro do ChildFund Brasil! Para celebrar o nosso aniversário de 50 anos e as vidas que foram mudadas nesse período, a organização social lançou a campanha “ChildFund Brasil: 50 anos transformando histórias”. Leia essse post que explica melhor onde queremos chegar com essa iniciativa 🙂

Queremos compartilhar cinco histórias que selecionamos para você sentir, aí do outro lado da tela do computador, tablet ou smartphone, um pouco do que esses 50 anos representaram na vida de 5 pessoas. Multiplique esse amor pelos milhares de pessoas que passaram nesse tempo todo, para você ter real dimensão de toda a transformação causada pelo ChildFund Brasil

#1 Não há fronteiras para quem deseja apadrinhar!

Dentre as histórias que nos toca bastante está a de Tatiana Viana Fontenele, que nasceu em Fortaleza, no Ceará. No inverno de 1986, quando tinha apenas 5 anos de idade, recebeu a notícia que foi inscrita no programa de apadrinhamento e foi escolhida por um casal que residente em Portland, no condado de Oregon, nos Estados Unidos.

“Eles me acolheram com muito amor evidenciado a cada troca de cartinha. E como eu amava escrevê-las. (…) Pessoas que nem me conheciam acreditaram em mim e no meu potencial”, relembra a troca de mensagens que tinha com eles. Esse sentimento se transformou em ação afetiva a partir dos programas e projetos que o ChildFund Brasil implantou na comunidade que Tatiana residia, graças ao apoio do casal. “Participei de formações, palestras educativas, cursos de iniciação profissional, sempre junto da minha irmã mais nova que mesmo sem ter padrinho era assistida da mesma forma em todas as ações sociais promovidas. Minha mãe também trouxe para dentro de casa um enorme ganho por sua participação no Projeto”.

Toda essa atenção a faz retribuir hoje a outras crianças que precisam do apoio. Colaboradora ativa do ChildFund Brasil, há 9 anos assumiu a responsabilidade de liderar um projeto social, articulando novas parcerias e incentivando a gestão comunitária dentro da organização social parceira. “O ChildFund Brasil e o Projeto Guadalajara estão diretamente registrados em minha história de vida. Hoje, mãe de duas crianças, me sinto feliz de poder compartilhar informações com meus padrinhos de outrora, o quão grata sou por tudo que essa corrente de amor transformou e coloriu minha vida”.

#2 Quando quem doa, recebe ainda mais!

Outro argumento bem comum apresentado por quem contribui com o ChildFund Brasil é a gratidão. Só mesmo quem tem uma atitude altruísta pode atestar o sentimento incrível que retorna a quem estende a mão. Bárbara Ghieh, que há pouco tempo tomou a iniciativa de se tornar madrinha de uma menina, já conseguiu perceber isso. Em uma carta encaminhada a nós, ela conta: “Escolhi apadrinhar uma criança de Anagé/BA, lugar onde eu estive em missão no ano passado através da Igreja Batista Central. A grande maioria das pessoas que moram por lá vivem uma situação de miséria (…)”, conta.

Desde início, ela notou que a atitude de apadrinhar representa uma imensa responsabilidade: “É bem mais que dar presentes ou cartas, é um amor que cresce dentro de você, é um carinho a distância e um laço eterno com aquela criança e sua família. Não tem dinheiro que pague o sentimento de gratidão em poder ajudar e fazer o bem”. Para Bárbara, um dos fatores mais importantes é ajudar uma criança ciente de que poderá contribuir para o futuro dela.

Ao estender o convite a todos, ela é enfática: “Se você tiver a oportunidade de ajudar e fazer alguém feliz, apadrinhe uma criança e o maior ganhador será você. Procure o ChildFund Brasil, uma organização séria e que mobiliza centenas de pessoas para transformar a vida de milhares de crianças do nosso Brasil”. #ficadica

#3 De menino sem perspectiva no sertão a advogado

Ao longo dos 50 anos de trabalho do ChildFund Brasil não é raro se deparar com histórias como a de Marcos Oliveira Rodrigues. Quem o vê hoje com 25 anos e atuando como advogado em Tocantins, pode não imaginar os primeiros passos desse cearense, que viu nas privações da vida os desafios para sonhar com um futuro mais promissor.

Nascido e criado em Missão Velha/CE, sua família recebeu o apoio de uma das entidades parceiras do ChildFund Brasil que atuam na região: a Associação Comunitária de Assistência a Família (ACOAFA). “Depois de algum tempo que estava inscrito, tive a grata notícia que tinha sido apadrinhado por uma mulher, chamada Ingrid. Lembro-me de pular de alegria, pois sempre via a troca de cartas entre as outras crianças e seus padrinhos, sempre muito curioso, tinha vontade de ter esse contato”, recorda-se.

Nesse primeiro momento, foram cinco anos de apadrinhamento que possibilitaram o acesso a diversos programas sociais que envolviam atendimentos na área da saúde, educação, cultura e participação em grupos de jovens. Após o término do vínculo de Ingrid, outras duas fadas madrinhas surgiram na vida dele: Amélia e Marisa assumiram a tarefa de prosseguir no trabalho de transformar a vida do pequeno Marcos.

Todo esse investimento foi decisivo para alimentar o sonho que ele ainda persegue: o de se tornar Procurador de Justiça do Ceará, ajudando na proteção de crianças e adolescentes. “Se pudesse resumir em uma palavra o que sinto pela Associação e pelo ChildFund Brasil, essa palavra seria GRATIDÃO. Por todo aprendizado, pela seriedade e dedicação que lidam com este trabalho social.”

Bônus: Doação que transforma vidas: os benefícios para quem doa e quem recebe

#4 Educação que transforma

Elijane Stefanie, ex-apadrinhada pelo ChildFund Brasil, é uma das daquelas histórias que comovem, por singularizar tão bem o efeito em cadeia que a nobre atitude do apadrinhamento financeiro causa. Esta baiana mudou-se logo cedo para Assú, no sertão do Rio Grande do Norte. E lá, ao inscrever-se na Associação dos Moradores dos Bairros Frutilândia I, II e Fulô do Mato, começou a ver um universo de possibilidades para o futuro.

Das tantas boas histórias de nossos apadrinhados, a forma de Elijane se expressar foi uma das mais peculiares: ela registrou em um poema todo sentimento de gratidão que ela nutre por essa atitude altruísta que lhe estendeu a mão. Ela recorda-se: “Aos 10 anos de idade, fui inscrita em um projeto, mal sabia eu, que ele contribuiria em meu sucesso”.
Logo, então, ela precisou vencer seu primeiro desafio que guarda na memória: a timidez. Participava de várias oficinas que ajudavam a melhorar sua desenvoltura. Recorda-se, por exemplo, das aulas de reforço, artes, dança e informática. A amizade gerada ali naquele local também é um recurso especial que ela faz questão de mencionar. Nesse sentido, se recorda com especial carinho de sua fada madrinha, Beatriz Batista. “Logo em pouco tempo o meu carinho ganhou e da infância até aqui sempre me acompanhou, foram várias as cartinhas que ela me enviou, cuidado e atenção comigo sempre demonstrou”, expressa, ainda nos versos rimados.

Todo aquele envolvimento inicial logo se tornou uma poderosa faísca que despertaria uma missão incrível: Elijane escolheu tornar-se educadora para devolver ao mundo aquilo que ela recebeu pelo programa de apadrinhamento do ChildFund Brasil. Tornando-se voluntária na oficina de brinquedoteca, passou a trabalhar com crianças para manter viva a esperança de melhorar o planeta. “Hoje sou graduanda do curso de pedagogia e são boas energias que me motivam a prosseguir para que no caminho eu não venha desistir. À associação dos Moradores dos Bairros Frutilandia I, II e Fulo do Mato devo sempre agradecer, as oportunidades que me deram jamais vou esquecer e essa pequena rima é uma forma de agradecer ao 4029 que é impossível esquecer!”.

#5 Apadrinhamento que conecta famílias

É bem frequente também, ao longo dessas cinco décadas de atuação do ChildFund Brasil, receber relatos de famílias que ampliaram seus vínculos após o programa de apadrinhamento da organização social. O exemplo que trazemos aqui, nesse caso, é o do padrinho paulista Luiz Camargo de Paula que, junto da filha Mei e seu neto Ivan, foram visitar o afilhado Vinicius, de 11 anos.

Mesmo já colaborando há algum tempo para o desenvolvimento dele, esse encontro presencial ocorreu em 2016. Mas se engana quem pensa que, por se tratar do primeiro contato, a visita não tem emoções. A troca de cartas e de incentivos fizeram desse momento único, dando a impressão de que eles se conheciam há anos. Seguindo as recomendações de contato entre afilhado e padrinho (que inclui o acompanhamento de profissionais e responsável legal), eles passearam pela histórica cidade de Diamantina/MG, onde mora o pequeno, em uma comunidade rural.

“Passamos dias de príncipes e princesas, onde nunca imaginava passar por momentos tão especiais. Este encontro na vida de meu filho, só através de cartinhas e hoje pessoalmente, fico até sem palavras para expressar quanto foi bom conhecer o padrinho do meu filho e o que ele tem feito para ajudar na educação, na grande amizade os laços ficaram ainda mais fortes”, disse a mãe de Vinicius, sra. Ana Lucia.

Essas são apenas 5 dos milhares de histórias de transformação que o ChildFund Brasil juntou ao longo desses anos de atuação no Brasil. Para celebrar conosco, continue ligado aqui no blog para se emocionar com outros personagens da vida real.

LEIA TAMBÉM