Ex-apadrinhado do ChildFund Brasil fala sobre a importância do apadrinhamento para sua vida

Marcos Vinicius Rodrigues, é um jovem ex-apadrinhado do ChildFund Brasil e por meio da nossa organização parceira – ACOAFA (Associação Comunitária de Assistência a Família) na cidade de Missão Velha (CE), ele teve sua vida transformada.

Durante o período do apadrinhamento, o jovem teve em sua vida pessoas que foram fundamentais para que hoje ele tivesse sucesso. Marcos, de origem muito humilde, cresceu em contato com vários programas e projetos que o ajudaram a escolher a atual carreira profissional: advogado. Os sonhos não param por aí, Marcos sonha em se tornar Procurador do Estado e diz que se pudesse resumir em uma palavra o que o apadrinhamento representou na vida dela, essa palavra seria Gratidão.

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“Meu nome é Marcos Vinícius Oliveira Rodrigues, tenho 25 anos, hoje sou Advogado, com atuação no Estado do Tocantins, onde moro há 08 anos. E estudo para concurso na vontade de me tornar Procurador de Estado, e um dia poder voltar a morar no Estado do Ceará.

 Sou ex criança inscrita da Associação Comunitária de Assistência a Família –ACOAFA, localizada em Missão Velha, estado do Ceará. Ainda na infância, por ser de família carente na comunidade de Missão Velha, eu e minha família fomos inscritos nos Projetos da Associação.

Depois de algum tempo, tive a grata notícia que tinha sido apadrinhado, por uma mulher, chamada Ingrid, lembro-me de pular de alegria, pois sempre via a troca de cartas entre as outras crianças e seus padrinhos, sempre muito curioso, tinha vontade de ter esse contato.

Por mais de 05 anos tive a Ingrid como Madrinha, e recordo-me que toda data festiva, recebia um presente, ou um valor pecuniário, e aguardava com ansiedade o dia de agradecê-la por meio da minha carta.

Através da ACOAFA, tive acesso a diversos programas sociais que envolviam atendimentos na área da saúde (atendimento médico, odontológico), educação (reforço escolar, cursos profissionalizantes), cultura (coral infantil, teatro, grupo de dança), participação em grupos de jovens.

Fui apadrinhado duas vezes, na segunda vez tive uma felicidade em dobro, pois duas amigas: Amélia e Marisa me apadrinharam, nesse tempo já era mais adolescente e eu mesmo escrevia minhas cartas, e tinha uma alegria em contar tudo que fazia na ACOAFA.

Sou filho de família humilde, que sempre me ensinou que a Educação é a única riqueza que poderiam me deixar. Além da Educação dada pelos meus pais, o convívio na Entidade, as atividades em comunidade, pude entender o que é a sociedade, o que eram meus direitos, aprendi a lutar pelos meus ideais, formador de opinião.

Participativo nas atividades da Associação, sempre queria conhecer um pouco mais. Entender como funcionava o apadrinhamento, as atividades desenvolvidas, a Associação como um todo. Lembro que o meu primeiro contato com uma legislação foi na biblioteca da ACOAFA. Um livrinho que enganava pela capa, pois trazia várias crianças brincando e segurando cartazes, com palavras de ordem, no seu texto trazia uma dimensão de informações que saltavam aos olhos e eram de pouca compreensão, tratava-se do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Sempre Digo que foi na ACOAFA, que aprendi a sonhar. Numa dinâmica de grupo, falei pela primeira vez que o meu sonho profissional seria, ser Ator ou Juiz. Hoje, não optei pela carreira da magistratura, mas me encantei por uma carreira que luta para defender interesses de pessoas que depositam em nós a confiança para lutar juridicamente por seus direitos.

Á frente do grupo de jovem da Associação precisava ser exemplo e conhecer de assuntos que eram pertinentes à juventude, e aguçava o gosto pela leitura e entender de assuntos polêmicos que envolviam a sociedade. Talvez, seja essa a razão por ter optado pelo Direito, uma ciência que tem por base a sociedade.

Sonhei muito e ainda sonho, hoje, não digo que cheguei ao meu sucesso pessoal, mas o sonho daquela criança inocente, de origem humilde e que parecia ser impossível de ser alcançados, ganhos seus contornos e traços de realidade. E sei que esse sonho tem traços dessa entidade que proporcionou e proporciona a tantas jovens oportunidades de uma vida melhor.

Após um longo período sem visitar minha terra natal, tive a oportunidade de regressar a Missão Velha, e no mesmo dia, já estava na sede da ACOAFA, e cada canto da Associação recordava um pouco da trajetória vivida ali. Maior surpresa foi o convite de Ministrar uma palestra com os jovens que integram o REJUDES falando sobre Direitos Humanos.

Se pudesse resumir em uma palavra o que sinto pela ACOAFA, essa palavra seria GRATIDÃO.  Por todo aprendizado, pela seriedade e dedicação que lidam com este trabalho social.”

Marcos Vinícius Oliveira Rodrigues

 

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