Empatia, uma palavra muito conhecida que reserva, em seu significado, um dos sentimentos mais bonitos que somos capazes de sentir. Significa a habilidade de entender a necessidade do outro, suas dores e alegrias. Mas a empatia por si só não faz a diferença: é preciso que esse sentimento resulte em atitudes solidárias que visem, de fato, impactar de alguma forma positiva a realidade ao nosso redor.
Essa realidade é, muitas vezes, mais triste e injusta do que gostaríamos. Há muita desigualdade no mundo – e no Brasil -, o que faz com que nem todos tenham acesso às mesmas oportunidades e direitos, vivendo situações de vulnerabilidade que podem ocasionar problemáticas sérias. No caso de crianças e adolescentes, a causa pela qual o ChildFund Brasil luta, essas situações afetam de maneira significativa o desenvolvimento dessa faixa etária.
Vamos, ao longo desse artigo, abordar um pouco sobre essa problemática e mostrar como você pode ter empatia e ajudar.
Atualmente, de acordo com a Unicef, metade das crianças brasileiras sofrem a violação de pelo menos um direito básico, garantidos conforme o ECA, estatuto que atua como uma espécie de “constituição” garantidora dos direitos das crianças e adolescentes, visando seu pleno desenvolvimento e deixando claro que a responsabilidade para tal é de toda a sociedade.
CLIQUE AQUI PARA BAIXAR O EBOOK “30 ANOS DO ECA: AS PRINCIPAIS MUDANÇAS E DESAFIOS PARA O FUTURO”.
A pobreza é uma das principais problemáticas nesse sentido. De acordo com estudo do ChildFund Brasil em parceria com a PUC Minas, 4,8 milhões de crianças e adolescentes brasileiros com idade entre 0 e 14 anos sofrem com a pobreza multidimensional. Este é um dado bem expressivo e influencia diretamente a perspectiva de vida dessas crianças e adolescentes.
Ao contrário dos indicadores tradicionais, o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) extrapola o fator renda, mensurando a pobreza a partir da privação de necessidades essenciais ao desenvolvimento e qualidade de vida, como alimentação, educação, saneamento básico e proteção, dentre outros, gerando uma situação de privações múltiplas.
Há, ainda, outras problemáticas como a violência infantil, que de acordo com o ECA pode ser toda e qualquer violência física, psicóloga, sexual e institucional.
De acordo com a pesquisa Small Voices, Big Dreams, realizada pelo ChildFund Brasil, 35,32% das crianças não se sentem suficientemente protegidas da violência e de pessoas que querem fazer mal a elas. É um número alto de crianças e adolescentes que podem crescer com traumas e medos que impossibilitam um pleno desenvolvimento emocional e aumentam os riscos de problemas como depressão e ansiedade.
Outro desafio é a questão do trabalho infantil. Embora esse número tenha diminuído ao longo dos anos, 6,2% das crianças entre 5 e 17 anos ainda exercem trabalho infantil doméstico ou remunerado, situação que afeta o desenvolvimento e muitas vezes causa evasão escolar.
Cerca de 425 mil crianças entre 5 a 9 anos trabalham, um número que representa 3% de toda essa faixa etária que está em pleno desenvolvimeno e deveria estar estudando e brincando. Entre aqueles com 10 a 13 anos, a porcentagem é ainda maior, de 7,4%. Nessa idade continua sendo ilegal, sendo permitido o trabalho de 20 horas semanais, na configuração de jovem aprendiz, apenas a partir dos 14 anos. Nesse contexto, dos 14 até os 17 anos, há 1,2 milhões de adolescentes (8,5% deles) tendo jornadas de trabalho além do que permite a lei, o que prejudica os estudo e muitas vezes causa evasão escolar.
Uma das formas de ajudar as crianças que estão em situação de vulnerabilidade social ou não têm acesso a todos os seus direitos é investindo em projetos sociais, como é o caso do ChildFund Brasil.
Por meio de uma doação mensal, auxiliamos mais de 40 organizações parceiras e 188 projetos sociais espalhados por 698 comunidades ao redor do Brasil. No total, são mais de 114 mil pessoas beneficiadas (direta e indiretamente), sendo mais de 41 mil crianças e adolescentes.
O nosso trabalho é feito de forma séria, o que resultou no prêmio, por dois anos consecutivos (2017 e 2018), de melhor ONG para Crianças e Adolescentes do Brasil (Instituto Doar). Além do reconhecimento, estamos por 4 anos seguidos entre às 100 melhores ONGs do Brasil.
Todo esse reconhecimentos se dá devido à nossa governança, ao nosso processo de prestação de contas e ao impacto positivo que causamos, o que reforça ainda mais nossa responsabilidade na busca pela melhora da qualidade de vida de crianças, adolescentes e jovens no Brasil.
Felicidade! Sim, ajudar os outros te faz alguém mais feliz e isso é comprovado cientificamente por meio de vários estudos.
Seres humanos são criaturas altamente sociáveis e se desenvolveram como espécie vivendo em conjunto. Por isso, o ato de ajudar auxilia na manutenção de sentimentos como altruísmo, cooperação, compaixão e gentileza. Todos geram bem-estar e felicidade.
Um estudo ainda mostrou que, ao doar, sentimos uma espécie de “intoxicação solidária” – um sentimento de euforia, seguido por um período maior de calma.
É uma sensação resultada pela liberação de endorfina e também pela melhoria do senso de autovalorização por acreditar estar contribuindo pela melhoria do mundo ao redor através da empatia.
Sendo assim, o ato de doar ativa os centros de recompensa em nossos cérebros, nos fazendo sentir tão bem que até parece sermos nós os ajudados.
Pessoas que atuam como voluntárias de uma causa, por exemplo, ainda registram menores índices de depressão e ansiedade, já que são pessoas naturalmente mais esperançosas e de bem consigo mesmas.
Basicamente, doar e ajudar são ações que contribuem para que possamos nos sentir mais gratos, repletos de sentimentos positivos. É uma forma de sermos mais humanos e construirmos, de fato, um mundo com mais empatia.
Vamos ajudar? Clique para saber como apadrinhar uma criança.
O ChildFund Brasil é uma organização de desenvolvimento social que por meio de uma sólida experiência na elaboração e no monitoramento de programas e projetos sociais mobiliza pessoas para a transformação de vidas. Crianças, adolescentes, jovens, famílias e comunidades em situação de risco social são apoiadas para que possam exercer com plenitude o direito à cidadania.