A vulnerabilidade social como fator de subdesenvolvimento do Brasil

A vulnerabilidade social é um problema extremamente delicado, que afeta o Brasil e o mundo com um todo, impedindo o desenvolvimento pleno de inúmeras comunidades e regiões.

No nosso país, o problema é muito grave. Para se ter uma ideia, quase cinco milhões de crianças brasileiras enfrentam o lado mais severo da pobreza – ou seja, uma em cada seis crianças no país. A conclusão é de um estudo realizado pela PUC Minas em parceria com o ChildFund Brasil, que analisou o tema através de vários critérios – não apenas a renda familiar. As duas organizações trabalham em conjunto no Núcleo de Inteligência Social (NIS), responsável por criar e analisar o índice de pobreza multidimensional, que explicamos mais abaixo.

Além da pobreza monetária, a realidade dessas crianças inclui baixa escolaridade, falta de saneamento básico, ausência de abastecimento de água e dificuldades dos pais ou responsáveis para conseguir emprego formal.

Tudo isso gera o chamado ciclo da pobreza, que afeta o desenvolvimento dessas comunidades e também do país de forma geral.

O ciclo da pobreza

Uma criança ou adolescente que nasce em situação de pobreza ou extrema pobreza enfrenta inúmeros desafios para superar sozinho essa condição externa.

Quando há pobreza multidimensional, ou seja, quando o indivíduo atende uma determinada escala de privação de renda e de direitos essenciais básicos e, além disso, se encontra em situação de vulnerabilidade (saiba mais no artigo), o desenvolvimento da criança e do adolescente é amplamente afetado.

Quando não é possível ter acesso a  todas as oportunidades e direitos que lhes são assegurados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), essas crianças e adolescentes podem ter as suas vidas adultas também impactadas.

Isso porque as oportunidades de crianças que vivem em situação de pobreza e extrema pobreza são diferentes daquelas cujos pais possuem melhores condições financeiras. Com isso, muitas crianças são privadas de receber uma educação de qualidade e alimentação adequada, de desenvolver sua capacidade física e mental e, em alguns casos, são impedidas até de brincar.

De uma forma geral, crianças que nascem em situação de pobreza vivem em condições de falta de saneamento, recebem pouco cuidado ou pouca estimulação mental e uma nutrição empobrecida nos primeiros anos de vida. Isso faz com que essas crianças tenham maior probabilidade de crescerem com defasagem corporal e mental.

Para transformar esse círculo negativo em positivo e para reduzir a desigualdade e a pobreza, deve-se ter uma atenção maior para com a infância.

Entretanto, a luta é sobre mais do que acesso a melhores condições financeiras: é preciso também que tenham acesso aos direitos básicos assegurados pelo artigo 6º da Constituição Federal: educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância, além da assistência aos desamparados.

Confira o artigo sobre o tema.

A desigualdade social no Brasil

Em 2017, o Brasil foi classificado como o 10º país com maior desigualdade social em um ranking de 140 países. Para se ter uma ideia, na época, os seis maiores bilionários brasileiros acumulavam, juntos, a riqueza da metade da população brasileira. Isso significa que, em um país com aproximadamente 210 milhões de habitantes, seis deles possuem a riqueza equivalente a de outros 105 milhões.

Impactos sociais

Para além dos impactos na vida das crianças, há impactos também na sociedade.

Na economia, a desigualdade social tende a reduzir o ritmo e a durabilidade do crescimento. Além disso, de acordo com o Banco Mundial, ela leva ao desperdício de potencial produtivo e a uma alocação ineficiente de recursos.

Além disso, leva à formação de instituições corruptas que visam perpetuar as desigualdades.

Pesquisas também mostram o risco aumentado de conflitos violentos em sociedades desiguais, além de menos justiça social e direitos humanos, especialmente para minorias sociais.

Pessoas em situação de vulnerabilidade social também enfrentam, muitas vezes, discriminação, estigmatização e estereótipos sociais negativos que reduzem sua participação social e oportunidades de emprego.

Por fim, as desigualdades também podem ter um impacto negativo em quase todos na sociedade, gerando mais problemas sociais e ambientais.

Como atuamos para mitigar esses efeitos em comunidades
 

Embora o poder público tenha mais recursos para mudar de forma mais assertiva essa realidade por meio de políticas públicas, é dever de toda a sociedade garantir os direitos das crianças e adolescentes.

Nesse sentido, o Terceiro Setor, por meio de ONGs como o ChildFund Brasil, atua de maneira séria para minimizar os impactos da pobreza e da vulnerabilidade social a essa parcela de meninos e meninas.

Ao apoiar a nossa organização, você cultiva um futuro mais feliz para as crianças do nosso país. O apoio é feito por meio do apadrinhamento, com a doação de um valor mensal que é repassado para projetos sociais em várias localidades do Brasil.

Seja você também o cultivador de um futuro melhor. Conheça o ChildFund Brasil.

Related Post

ChildFund Brasil

O ChildFund Brasil é uma organização de desenvolvimento social que por meio de uma sólida experiência na elaboração e no monitoramento de programas e projetos sociais mobiliza pessoas para a transformação de vidas. Crianças, adolescentes, jovens, famílias e comunidades em situação de risco social são apoiadas para que possam exercer com plenitude o direito à cidadania.

LEIA TAMBÉM