Pesquisa Global, realizada pelo ChildFund, revela que crianças valorizam a educação apesar dos grandes obstáculos para aprender

As crianças ao redor do mundo consideram a educação uma prioridade, independentemente das circunstâncias ideais para aprender. De acordo com a pesquisa feita pelo ChildFund Alliance com mais de 6.000 crianças entre 10 e 12 anos em 41 países, 98% dos entrevistados disseram que a educação é importante para elas. No entanto, os achados também mostram que a aprendizagem não é acessível ou segura como deveria ser. Mais de um terço das crianças entrevistadas, incluindo o Brasil, disseram que se sentem inseguras na escola às vezes ou o tempo todo. Elas também disseram que são necessárias mais e melhores escolas.

Meg Gardinier, Secretária Geral do ChildFund Alliance disse que “A pesquisa Pequenas Vozes, Grandes Sonhos revela que muitas das crianças entrevistadas acreditam que a sua educação precisa melhorar”.

“Elas estão preocupadas com questões que vão desde instalações inseguras, procedimentos para desastres e interrupção das aulas, até armas, drogas e Bullying nas escolas. Estas não são questões com as quais as crianças deveriam lidar. As escolas devem ser para aprender, não para ter medo da sua segurança pessoal”.

A boa noticia é que apesar destas preocupações, as crianças adoram aprender. “Aprender coisas novas” é a resposta número 1 para 47% dos entrevistados quando perguntados o que gostam mais da escola. Isto é seguido por “trabalhar com professores” (29%) e “estar com amigos” (26%). E, nessa pouca idade, as crianças sabem que a educação é a chave para seu futuro. Quase metade dos entrevistados (45%) diz que a educação pode ajudá-las a conseguir um emprego melhor, enquanto quase um quarto dos entrevistados tem certeza que a educação lhes fará uma pessoa melhor. Outras acreditam que a escola as preparará a cuidar dos pais (17%) ou ajudará a melhorar seu país (17%).

 

Crianças querem se sentir seguras na escola

Quando perguntadas o que significa estarem seguras na escola, as crianças mencionaram uma variedade de fatores. Elas incluem instalações de alta qualidade, sentirem-se livres de violência ou abuso, ter medidas fortes de segurança no lugar e aprender com professores que os alunos confiem e respeitem. No entanto, 34% dos entrevistados dizem que a sua escola nunca ou somente às vezes é segura. Surpreendentemente, estes números não mudam entre países em desenvolvimento ou desenvolvidos. Quando perguntaram sobre soluções, 43% de todos os entrevistados disseram que se sentiriam seguros na escola se medidas de segurança existissem para manter os alunos protegidos contra danos.

“O fato de que muitos não se sentem seguros na escola é de grande preocupação, pois a segurança é um pré-requisito para aprender”, disse Meg Gardinier. “Os líderes do mundo reconhecem a importância de uma educação significativa e segura quando adotaram o Objetivo #4 de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas em setembro de 2015: ‘Assegurar educação de qualidade, inclusiva e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem para todos’”.

 

Uma alta qualidade em instalações e professores

O ChildFund Aliance perguntou a crianças o que elas fariam para melhorar a educação se elas fossem o líder do seu país. Quase a metade (47%) construiria e reformaria as instalações das escolas e criariam ambientes de aprendizagem de alta qualidade, enquanto 24% focaria na qualidade do ensino contratando mais pessoal, pagando-lhes bem e oferecendo mais treinamento.

Para crianças de alguns países, oferecer maior ajuda financeira para as escolas e alunos é a primeira prioridade.

 

Trabalho e Escola

Muitas das crianças entrevistadas para Pequenas Vozes, Grandes Sonhos sentem-se divididas entre a família e as obrigações escolares. A maior preocupação nos países em desenvolvimento do que naqueles desenvolvidos, é a restrição de atividades infantis no mundo.

Um quarto de todos os entrevistados (26%) diz que desistiu da escola para ajudar sua família com trabalho. Em países em desenvolvimento, o número sobe para 31%, contra 8% em países desenvolvidos.

“Nós somos encorajados porque quase todas as crianças reconhecem a importância da educação”, disse Meg Gardinier. “Embora alcançar uma educação inclusiva e equitativa de qualidade para todos parece ambicioso, temos tido muito progresso”. O número de crianças e jovens que não frequenta a escola caiu quase pela metade desde a virada do século e em quase todos os países agora existem tanto meninos quanto meninas frequentando o ensino fundamental.

“O ChildFund Alliance tem o compromisso de fazer tudo o que pudermos para oferecer uma educação segura e de qualidade para crianças do mundo todo”.

Para saber mais, baixe o relatório Pequenas Vozes, Grandes Sonhos.

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