Como resolver as principais necessidades das crianças em situação de pobreza?

As demandas sociais do Brasil não são nada pequenas, é verdade! Falta de saneamento básico que expõe comunidades inteiras a problemas de saúde; o desafio de universalizar o acesso à água ainda priva muitas famílias do direito a abrirem a torneira de suas casas; pratos vazios infelizmente são rotina na residências de milhares brasileiros sujeitos à insegurança alimentar. Isso somente para listar alguns dos problemas.

Observando esses pontos pode parecer uma missão impossível de ser vencida e, muitas vezes, pode até nos fazer perder a esperança quanto ao futuro. No ChildFund Brasil reconhecemos que o desafio é imenso, mas também entendemos que a mudança que queremos ver no futuro precisa ser operada hoje. Não por acaso atuamos firmemente na implantação de Tecnologias Sociais de alto impacto, com foco em crianças, adolescentes, jovens e suas famílias.

Lendo esse texto, você pode se perguntar: dentre tantos problemas, como é possível focalizar a ação naquilo que realmente pode dar o resultados? A principal resposta para isso é: conhecendo as necessidades do nosso público! Nesse sentido, há vários meios e modos a que recorremos. Desde dados de institutos de pesquisa, passando por análise técnica de especialistas e tantas outras formas de identificar as necessidades.

Desafios da infância brasileira

Ao todo, a população de nosso país soma um pouco mais de 206 milhões de brasileiros. Desses, cerca de 60 milhões têm menos de 18 anos, segundo projeção da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). O que representa um total de quase um quarto dos habitantes. Resumindo: uma parcela para lá de significativa! Justamente por ser um contingente expressivo, os problemas são igualmente superlativos.

Veja só:

• Mortalidade infantil: dados oficiais do PNAD indicam alto número de mortes de bebês de até 1 ano, por causas que poderiam ser evitadas. Crianças indígenas têm duas vezes mais riscos de morrer antes de completar um ano do que as demais, um dado que realça o desafio de manter a sobrevida de meninos e meninos que nascem distantes de centros com infra-estrutura no campo da saúde.
• Educação: Apesar de avanços nesse campo, o Brasil ainda soma mais de 3 milhões de meninos e meninas que ainda estão fora da escola. Muitos deixam os estudos de lado para trabalhar muito cedo e ajudar a gerar renda para suas família (ao menos 1,7 milhão de crianças e jovens entre 5 e 15 anos têm alta carga de trabalho diária.)

• Fome: em 2013, mais de 52 milhões sofriam de algum tipo de insegurança alimentar no Brasil. O mais triste é que desse total os que mais sofrem são as crianças. Proporcionalmente, a maior parcela identificada tinha entre 0 e 4 anos (representando 4,8% desse período etário). No caso de crianças e adolescentes com 5 até 17 anos, o percentual foi ainda maior: 5%.

Situação de pobreza: o que está ao seu alcance fazer?

Quem vê esses dados acima pode achar até complexo demais de solucioná-los. Pode até ser verdade, mas o ChildFund Brasil vê nesses indicadores oportunidades para conectar agentes dispostos a tomar atitude e a arregaçarem as mangas para garantir um futuro melhor. E quando falamos de integrar-se a pessoas, queremos dizer também de você, que observa esses desafios, mas não fica alheio a eles.

Listamos algumas atitudes bem práticas que você pode tomar nesse momento e contribuir decisivamente para reduzir os problemas decorrentes da pobreza no Brasil.

Bônus: Doação que transforma vidas: os benefícios para quem doa e quem recebe

1. Apadrinhamento financeiro

Um bom investimento que você pode incluir no seu orçamento é apoiar projetos de apadrinhamento financeiro. O ChildFund Brasil oferece inúmeras oportunidades para que, com contribuição mensal, você ajude a financiar projetos que assegurem os direitos de crianças que vivem em vulnerabilidade social. O mais legal é que você pode se corresponder com a criança apadrinhada, para garantir que sua contribuição está sendo bem empregada. Veja como isso é possível acessando esse link.

2. Voluntariado digital

Se o orçamento não permite nenhum investimento em espécie, no momento, a saída pode ser doar sua dedicação. Na prática, funciona assim: a partir da tecnologia, o voluntário digital contribui fazendo a divulgação de iniciativas da sociedade civil para que possa impactar outras pessoas. Dessa forma, sensibilizam outros internautas que possam se tornar colaboradores dessas organizações sociais. Nessa modalidade, o voluntário digital está doando seu tempo em prol de uma ótima causa. Para ser um ativista na internet é preciso ter sinal de internet e boa vontade. Há dicas bem práticas no post “Você sabe o que é voluntariado digital?. Dá uma passada por lá e comece sua atuação agora mesmo!

3. Doações corporativas

Nessa modalidade a empresa escolhe uma organização social de confiança, que possua projetos sólidos com resultados comprovados, e destina um valor mensal ou anual para a iniciativa. Uma recomendação nesse caso é fazer a parceria com entidades que atuem no entorno da corporação, o que fortalece o vínculo e ajuda a construir uma imagem positiva para o seu negócio.

4. Ajude a criar pomares e hortas domiciliares

Essa ação é bem interessante também e consiste em doar um kit com dez mudas de árvores frutíferas e sementes de vegetais variados, com orientações sobre como cultivá-los. Dessa forma, famílias que sequer têm condições de ir à feira ou mesmo comprar esses itens em supermercado podem cultivar em suas casas, melhorando a qualidade da alimentação. Esse projeto auxilia diretamente na redução da desnutrição de crianças em situação de extrema pobreza.

5. Invista na educação de crianças e adolescentes

Ao doar com qualquer valor para o projeto Kit pedagógico Aprender Brincando você está, diretamente, investindo para estimular o raciocínio e a criatividade em crianças e adolescentes. Esse material (contendo livros, vídeos educativos e brinquedos pedagógicos) chegará às mãos da garotada que mais precisa e que não dispõe desses recursos para melhorar sua aprendizagem.

6. Melhore a qualidade de vida no semiárido

Cerca de 22 milhões de brasileiros vivem no sertão, sofrendo os efeitos da falta de água e outros problemas relacionados a partir desse. Ao ajudar com qualquer valor no projeto “Convivência com o Semiárido”, serão promovidas campanhas informativas e educacionais sobre preservação ambiental e sustentabilidade em cidades dessa região. Ali serão replicadas técnicas para que essas famílias consigam vencer a escassez de água.

Não é incrível? Com um pouco de disposição podemos fazer uma diferença enorme na vida de quem precisa. Caso tenha ficado com alguma dúvida, não deixe de sinalizá-la para nós! Pode ser até nos comentários abaixo, combinado? Até o próximo post.

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