Maio Laranja: denúncias de imagens de abuso e exploração infantil na internet têm o maior número em 18 anos

Maio de 2024

ChildFund Brasil mobiliza a sociedade com diversas iniciativas durante todo o mês

 

Chegamos em mais um maio, mês representado pela cor laranja e destinado ao combate à exploração e ao abuso sexual contra crianças e adolescentes. Apesar do tema ser sensível, é importante falarmos e alertarmos, pois o cenário é preocupante: em 2023, a Safernet recebeu 71.867 denúncias de imagens de abuso e exploração infantil on-line; aumento de 77,13% em relação ao ano anterior e o maior número em 18 anos.
Para diminuir os casos de violência infantil, o ChildFund Brasil, organização que atua na promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente há 57 anos no país, realiza ações, como a campanha Maio Laranja, que vai acontecer pela segunda vez na história do país. A campanha foi criada através da lei federal 14.432, sancionada em 2022, graças ao trabalho de incidência política do ChildFund Brasil e de outras organizações sociais no Congresso Nacional.

 

Maio_Laranja_ChildFund_Brasil

 

Mobilização da sociedade pela prevenção de violações na internet

O objetivo principal da campanha Maio Laranja é sensibilizar toda a sociedade pela prevenção de violência e abuso sexual de crianças e adolescentes. O ChildFund Brasil foca a sua campanha na prevenção dessas violações na internet, tendo em vista o grave cenário que o país enfrenta. Os celulares e computadores são tidos, muitas das vezes, como aliados dos pais ou responsáveis na hora de distrair os pequenos, mas essa ação pode trazer riscos, principalmente, quando os dispositivos possuem acesso à internet e não são supervisionados. “Toda criança está em situação de vulnerabilidade na internet, independentemente da sua renda familiar, pois não tem a capacidade de saber quem está interagindo com ela no ambiente virtual, e os mecanismos de proteção não avançaram muito para criar um ambiente on-line seguro. Nosso trabalho é alertar que a internet é um ambiente que precisa de ser monitorado e que as crianças necessitam de acessá-la com a supervisão de pais, mães e cuidadores”, afirma Mauricio Cunha, diretor de país do ChildFund Brasil.

Outra frente de atuação da organização se relaciona aos direitos da criança e do adolescente. “Também faz parte do nosso trabalho incidir pela educação digital, com foco em proteção de crianças e adolescentes na internet, para que possam aprender a navegar no ambiente virtual de maneira cada vez mais segura”, complementa Águeda Barreto, coordenadora de advocacy do ChildFund Brasil.
Nos Estados Unidos, o ChildFund International teve participação ativa na audiência do Senado, realizada em 31 de janeiro deste ano. Os senadores questionaram os CEOs de tecnologia da Meta, TikTok, X, Snap e Discord porque se recusavam a adotar mecanismos para acabar com a divulgação de material de abuso sexual infantil e evitar que crianças sejam extorquidas sexualmente e abusadas nas suas plataformas. “Sentimos o poder e a força dos pais e survivors (pessoas que sobreviveram a essas violações) que estavam presentes, pois serviram como exemplos do impacto humano que a inovação tecnológica teve e continuará a ter sem mudanças nas políticas”, afirma Danielle Lilly, diretora de políticas do ChildFund International. Além disso, a organização realiza a campanha Take It Down, desde 2023, sobre o tema, a fim de mobilizar o país pela causa.

 

Reveja a campanha Maio Laranja, em destaque no Jornal Nacional de 2023.

 

Cartilhas e eventos on-line para a sociedade

No mês de maio, o ChildFund Brasil realiza eventos on-line especiais sobre violência e abuso sexual on-line de crianças, com a participação da influencer Sheylli e do médico Ailton Cezário Alves Júnior, pós-graduado em Psicologia Médica, mestre e Doutor em Saúde da Criança e do Adolescente pela Faculdade de Medicina da UFMG, com estudos em Neurociência (dopamina e telas digitais). Dentre os assuntos que vão ser abordados, estão orientações para pais, mães, educadores, profissionais do Sistema de Garantia de Direitos e organizações do Terceiro Setor para prevenir violações na internet e entender os riscos a que crianças e adolescentes estão submetidos. No primeiro webinar, agendado para 14 de maio, será lançado um curso on-line, voltado para crianças e adolescentes de 09 a 13 anos; nele, serão abordados os riscos que crianças e adolescentes correm na internet. Confira o calendário dos webinars em “Serviço”.
Neste ano, o ChildFund Brasil elaborou uma nova cartilha em versão pocket, com orientações para prevenir o abuso e exploração sexual on-line de crianças e adolescentes. O documento contém orientações importantes para mães, pais, crianças e cuidadores e estará disponível no site da campanha.

“Além de sensibilizarmos toda a sociedade, disponibilizamos materiais, para que a mensagem chegue a todas as famílias. O curso será disponibilizado no site e poderá ser realizado gratuitamente. A cartilha poderá ser acessada pelos meios eletrônicos e haverá uma versão que pode ser impressa em casa, a fim de que essas orientações sejam divulgadas ao máximo por e para toda a sociedade”, conclui Águeda Barreto.

Serviço – Eventos on-line:

14/05 – Webinar destinado somente a crianças e adolescentes convidados, com participação da influencer Sheylli.

16/05 – Webinar com o médico Ailton Alves; Mauricio Cunha, Águeda Barreto e Cristiano Moura (ChildFund Brasil) aberto a profissionais do Sistema de Garantia de Direitos, organizações do Terceiro Setor e pesquisadores sobre o assunto.

28/05 – Live direcionada a pais, mães e cuidadores sobre os riscos que estão submetidos a violência e abuso sexual online, sem a supervisão de adultos. Sheylli participa deste evento.

 

Saiba mais sobre nossa campanha e mobilize sua comunidade conosco!

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ChildFund Brasil

O ChildFund Brasil é uma organização de desenvolvimento social que por meio de uma sólida experiência na elaboração e no monitoramento de programas e projetos sociais mobiliza pessoas para a transformação de vidas. Crianças, adolescentes, jovens, famílias e comunidades em situação de risco social são apoiadas para que possam exercer com plenitude o direito à cidadania.

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