Jovem em situação de pobreza leva medalha do campeonato Pan-americano de taekwondo

Todos nós queremos um mundo melhor e sabemos que, para isso, são necessárias algumas mudanças. Nós, do Childfund Brasil, acreditamos que, para termos o futuro que tanto desejamos, precisamos investir nas crianças e jovens do país. Afinal de contas, eles são o nosso amanhã!

Neste texto, você vai comprovar como o dinheiro das doações que recebemos pode mudar o futuro de alguém e, consequentemente, de todos os que estão ao seu redor. Esta é a história do jovem campeão de taekwondo Carlos Eduardo de Souza, de apenas 15 anos, morador do município de Açu.

Está curioso para conferir a emocionante história do atleta Carlos Eduardo? Veja como um jovem em situação de pobreza conseguiu levar para casa uma medalha de bronze Pan-americana!

jovem campeonato taekwondo

A realidade do pequeno município de Açu

Açu é um município pequeno que fica localizado no estado do Rio Grande do Norte e conta com pouco mais de 53 mil habitantes, sendo a 8ª cidade mais populosa do estado. Segundo dados do IBGE, em 2015, apenas 13% da população estava empregada e a renda per capita (índice que avalia o desenvolvimento econômico do local) é de até ½ salário-mínimo.

Grande parte da população vive da agricultura familiar, sendo a plantação de caju, manga, coco, banana e algodão as principais fontes de renda. Como podemos notar, não estamos falando de uma megalópole que oferece grandes oportunidades de crescimento profissional.

Para se ter uma ideia, apenas 13,3% de toda a população conta com rede de esgoto sanitário. Sendo assim, o índice de doenças como leptospirose, diarreia e cólera são mais elevados que em cidades mais urbanizadas.

IDH do município de Açu

O município tem um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) muito baixo e a maioria das famílias ganha o sustento por meio de trabalhos informais e agricultura familiar. O índice vai de 0 a 1 e quanto mais perto do número 1, melhor. Em 2010, a cidade de Açu apresentava um IDHM (M de municipal) de 0,661, um número abaixo da média brasileira, que vai de 0,750 até 0,799.

Foi nesse ambiente que o Carlos Eduardo nasceu. Mas, mesmo com todas as adversidades, conseguiu se tornar um atleta campeão!

Quem é Carlos Eduardo Souza?

Carlos nasceu num bairro da periferia de Açu, em um ambiente em situação de pobreza e violência e, ainda assim, conseguiu superar desafios e ser um diferencial em meio a esse local de privações. Na periferia de Açu, a população é marginalizada e sofre exclusão social que, por consequência, os coloca em situação de vulnerabilidade frente ao governo e também aos que possuem maior poder aquisitivo.

Ele sempre gostou de esportes e teve o primeiro contato com as artes marciais ainda com 5 anos de idade, graças à ajuda e ao suporte que o Childfund Brasil ofereceu à comunidade onde Carlos está inserido. O atleta foi para o campeonato representando o nosso país e voltou com uma bela medalha de bronze no peito.

Porém, o seu treinador Fábio Lourenço não ficou surpreso com a sua vitória no Campeonato Pan-americano de Taekwondo realizado na Costa Rica! Afinal, ele conta que Carlos sempre foi um aluno extremamente dedicado aos treinos e que o jovem tem potencial para vencer não só no esporte, como na vida. O jovem deu um depoimento, mostrando o quanto se dedicou e como ficou emocionado em ter chegado a esse nível, num esporte que exige muita técnica e foco:

“Estar no Pan-Americano foi mais do que um sonho realizado, porque quando comecei, achava que tinha muita dificuldade e sempre me esforcei muito. Não imaginaria que chegaria nesse nível, foi espetacular.

Pude aprender muito com os outros membros da seleção brasileira e dos outros países. Tentei novas técnicas e aperfeiçoe alguns golpes que tinha dificuldade”.

campeonato Pan-americano

Um pouco sobre o esporte taekwondo

Sem dúvidas, todo esporte é um diferencial importante na vida de crianças, especialmente daquelas que vivem em situação de pobreza. O taekwondo incentiva não apenas o equilíbrio físico, como o mental, melhorando a qualidade de vida e realizando uma transformação completa na vida social do atleta.

O taekwondo começou a ser difundido em terras brasileiras a partir da década de 70 e, hoje, a Confederação Brasileira de Taekwondo possui uma afiliada em todos os estados do Brasil. Por conta de sua expansão mundial, o esporte se tornou olímpico em 1998.

Assim como em outros esportes similares, os praticantes também são identificados pela cor da faixa que utilizam. Cada graduação é chamada de “gubs”, indo da faixa branca, para os mais novatos, até a faixa preta, para a última graduação. No caso do atleta Carlos, ele utiliza a Faixa Preta – 1º Dan.

O Campeonato Pan-americano deste ano

Carlos tem muito talento e faz parte da Seleção Brasileira de Taekwondo juvenil. Este ano, o Campeonato Pan-americano do esporte aconteceu na Costa Rica, de 29 a 31 de agosto.

Nele, Carlos competiu com atletas de todo o mundo, inclusive de países “mais desenvolvidos”, como Canadá e Estados Unidos. Carlos poderia ter ficado em 1º lugar, mas fraturou a costela pouco antes das finais e, por isso, não teve como competir pela medalha de ouro. Vejam o depoimento do treinador Fábio Lourenço:

“Fomos para a Costa Rica com a meta dele subir no pódio, porque ele tem potencial para ser um atleta campeão. Independente do resultado, ver ele receber aquela medalha, com certeza, foi um dos melhores momentos da minha carreira, afinal acompanho o desenvolvimento do Carlos desde que ele chegou ao programa”.

Caminho de um verdadeiro campeão

Os pais de Carlos são divorciados e o sonho do atleta é estudar numa escola particular e poder prestar o vestibular para Educação Física. Certamente, esse é o caminho de um verdadeiro campeão que, com os incentivos certos, pode continuar dando muito orgulho para sua família, especialmente para a sua mãe e treinador que sempre acreditaram nele.

Sem a contribuição do Childfund, essa vitória não seria possível, já que, para manter os treinos, o jovem precisou de equipamentos para participar de diversas competições antes de chegar ao pódio. Além disso, teve o apoio da família, de amigos e também da organização que apostou em seus sonhos e em seu potencial, criando um ambiente favorável para o que o crescimento do Carlos como atleta fosse possível.

Fazer Carlos acreditar que era capaz também foi o papel da sua madrinha financeira, Alicia Sterlino, que, por meio da nossa ONG, realiza doações todos os meses. Ela também está muito emocionada, pois foi fundamental para esta grande mudança na vida de seu afilhado. Vejam o depoimento da Alicia:

“Eu contribuo para o ChildFund Brasil porque acredito muito no trabalho transformador que eles realizam. Fico imensamente feliz e contente em saber que pude proporcionar, mesmo que de forma indireta, uma conquista tão grande assim para o Carlos Eduardo. É muito gratificante saber que ele transpôs tantas dificuldades e pode realizar um sonho”.

A história de Carlos Eduardo no Childfund Brasil

Carlos Eduardo está inscrito em uma organização social parceira do ChildFund Brasil, que atende 450 famílias e cerca de 700 crianças de diversas comunidades na cidade de Açu, a Associação de Moradores dos Bairros Frutilândia I e II & Fulô do Mato (AMBFFM). Nós trabalhamos com famílias carentes que, muitas vezes, não possuem nem o mínimo para viver e que precisam da ajuda da nossa organização. E nós, do Childfund, precisamos da sua ajuda para realizar todas as mudanças que tanto queremos ver à nossa volta!

A Alicia é um excelente exemplo de madrinha financeira e a sua participação no nosso programa é uma prova verdadeira de que esse é um investimento que vale a pena ser feito. O valor doado pelo apadrinhamento é encaminhado para a AMBFFM e ele assegura que a organização continue a oferecer atividades para que outras crianças também tenham as mesmas oportunidades que Carlos Eduardo teve.

Como você pode ajudar?

O Carlos Eduardo, assim como qualquer outra criança, precisou de apoio para realizar os seus sonhos e conseguir um lugar melhor no mundo. A história desse jovem poderia ser a história de nossos próprios filhos, vivendo em situação de pobreza, exclusão e vulnerabilidade.

Sabemos que, sem a ajuda de ONGs como a nossa, esses jovens não teriam muitas chances de mostrar todo o talento e potencial que possuem. Portanto, a sua doação faz toda a diferença!

Para se tornar um padrinho financeiro é muito simples: qualquer pessoa pode se comprometer mensalmente com um valor mínimo de R$67. Essa quantia será encaminhada para a organização social parceira onde o seu afilhado está inscrito.

Assim, a sua doação não irá direto para a família ou para a criança. A quantia doada vai para as mãos de profissionais qualificados, que usarão essa verba de forma consciente para gerar benefícios representativos a longo prazo.

Escolha o seu afilhado

Assim como o Carlos Eduardo, outras crianças e jovens podem ser beneficiados e, sem dúvida alguma, saber que a sua ajuda está tornando o sonho de várias delas realidade é uma grande motivação! Você pode escolher para qual criança deseja fazer a doação e conhecer um pouco mais sobre a sua história antes de tomar a decisão.

Não importa quem será escolhido para receber a sua ajuda, você saberá quais os resultados da doação, o impacto positivo que ela vai gerar na comunidade e poderá acompanhar o desenvolvimento do seu afilhado. É possível também criar um vínculo afetivo com a criança, trocando cartas, telefonemas, agendando visitas para conhecê-la de perto e ser mais presente em sua vida.

Deseja oferecer oportunidades melhores para as crianças em situação de vulnerabilidade do nosso país? Que tal se tornar um de nossos padrinhos financeiros? Entre em contato com a gente para mais informações sobre os projetos!

ChildFund Brasil

O ChildFund Brasil é uma organização de desenvolvimento social que por meio de uma sólida experiência na elaboração e no monitoramento de programas e projetos sociais mobiliza pessoas para a transformação de vidas. Crianças, adolescentes, jovens, famílias e comunidades em situação de risco social são apoiadas para que possam exercer com plenitude o direito à cidadania.

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