Estudos apontam que o investimento na fase inicial da vida é muito mais vantajoso do que tentar reverter problemas que venham a se manifestar mais tarde. Nesse sentido, é possível destacar a importância das brincadeiras na primeira infância.
Segundo o Unicef, essa fase da vida é considerada uma janela de oportunidades tanto para a saúde, como para o aprendizado e o bem-estar social e emocional de meninos e meninas. A ciência tem demonstrado que as experiências vividas na infância, bem como as intervenções e serviços de qualidade ofertados nesse período estabelecem a base do desenvolvimento.
A importância das brincadeiras nessa fase é tão acentuada porque, segundo especialistas, é quando a criança se apropria da realidade e, desta forma, consegue estabelecer suas relações sociais, além de utilizar todas as suas habilidades corporais, tanto motoras quanto cognitivas.
A brincadeira habita o imaginário das crianças e contribui para enriquecer o universo, as vivências e as experiências de meninos e meninas, porque é por meio do brincar que eles se apropriam da sua imagem, do espaço e do meio sociocultural, conseguindo interagir consigo e com o outro.
Por isso, a brincadeira pode ampliar e diversificar o universo infantil, criando novas possibilidades.
A pandemia da Covid-19 deixou um rastro de impactos em todo o mundo e as crianças não ficaram de fora. Um relatório britânico da Ofsted, entidade que fiscaliza os serviços de educação oferecidos no Reino Unido aponta que os bebês nascidos durante o período de isolamento têm sentido dificuldade de conviver com outros adultos e só agora conseguem observar os lábios e o movimento da boca, porque o uso da máscara não é mais obrigatório.
Já as crianças um pouco maiores, que não puderam ingressar na escola por conta da pandemia, sofrem com ansiedade de separação e apresentam dificuldade em executar tarefas simples como ir ao banheiro.
Segundo o relatório, o tempo de exposição às telas também gerou impactos nessa faixa etária, e as crianças têm apresentado sotaques e vozes que se assemelham com os personagens dos vídeos que estavam acostumadas a assistir.
Diante desta realidade, se torna ainda mais necessário reforçar a importância das brincadeiras para as crianças. Elas podem brincar sozinhas, em pares ou com adultos, e assim desenvolverão habilidades que contribuirão para a sua vida adulta.
Cada estilo de brincadeira beneficia de forma diferente os aprendizados e desenvolvimento na infância. A seguir falamos um pouco de cada um:
Lógica: Para estimular o raciocínio lógico, jogos como labirinto, caça-tesouro e caça-palavras são opções para exercitar a atenção e concentração das crianças.
Criatividade: Brincadeiras que levam as crianças para fora da realidade é uma forma de explorar a criatividade. Pintura livre, faz-de-conta e teatro são ótimas atividades que contribuem para o desenvolvimento infantil.
Relações interpessoais: O ato de brincar permite que crianças entrem em contato umas com as outras de maneira natural, e com isso elas conseguem criar vínculos e se socializar. Com essas brincadeiras elas aprendem a conviver com outras pessoas e, no futuro, vão entender que estão inseridas em uma sociedade.
Comportamento: Muitas brincadeiras são compostas por regras, tornando-se uma forma de estimular que as crianças aprendam a controlar o comportamento impulsivo e a respeitar o outro. As regras ajudam no desenvolvimento da postura correta, no pensar e refletir sobre as atitudes, além de propiciar a compreensão sobre o progresso.
Relaxamento: As brincadeiras são ótimas aliadas no gasto de energia que as crianças acumulam, portanto, estimular o brincar também é uma forma de proporcionar momentos de alívio e de relaxamento nessa fase da vida.
Saúde: Manter a saúde em dia também é um benefício que ressalta a importância das brincadeiras. É brincando que as crianças ficam mais distantes do uso exagerado de dispositivos eletrônicos como o celular e a televisão.
Expressão: As brincadeiras estimulam que as crianças se expressem fora dos padrões estabelecidos, permitindo o desenvolvimento da criatividade e também da autonomia.
Habilidades socioemocionais: O ato de brincar é tão importante que até estimula a capacidade das crianças gerenciarem suas emoções e, com isso, desenvolverem suas habilidades socioemocionais.
Uma parceria entre o ChildFund Brasil – organização que realiza projetos sociais com crianças e adolescentes há 56 anos em diversas localidades do país, e a The LEGO Foundation deu vida ao projeto Brinca e Aprende Comigo, que levará tecnologias modernas e tradicionais para envolver as crianças, pais, mães, cuidadores e cuidadoras, além de toda a comunidade em atividades parentais lúdicas.
O projeto é realizado com as Organizações Sociais Parceiras do ChildFund Brasil nos estados do Ceará e de Minas Gerais, por meio de 12 parceiros locais da organização, totalizando 37 municípios. A expectativa é que 12,5 mil crianças de até 8 anos e mais de 6 mil mães, pais e cuidadores sejam impactados.
O Brinca e Aprende Comigo é um dos inúmeros projetos desenvolvidos pelo ChildFund Brasil que têm como foco o fortalecimento do território em que a criança está inserida, garantindo que ela tenha seu desenvolvimento pleno. Nesse sentido, apoiamos um estilo de vida mais saudável e a prática do brincar como garantia de uma infância ampla e feliz.
E você pode fazer parte deste importante trabalho por meio do nosso principal projeto: o apadrinhamento financeiro.
Ao apadrinhar uma criança, você está contribuindo com um fundo coletivo que financia a realização de todos os projetos sociais e atividades apoiados pelo ChildFund Brasil, dos quais a criança e sua família participam.
Conheça mais do nosso trabalho para promover uma infância feliz para nossas crianças e adolescentes e saiba como você também pode contribuir.
O ChildFund Brasil é uma organização de desenvolvimento social que por meio de uma sólida experiência na elaboração e no monitoramento de programas e projetos sociais mobiliza pessoas para a transformação de vidas. Crianças, adolescentes, jovens, famílias e comunidades em situação de risco social são apoiadas para que possam exercer com plenitude o direito à cidadania.
