Homenagem às mulheres líderes que se destacam nas comunidades assistidas pelo ChildFund Brasil – Fundo para Crianças

       8 de março – Dia Internacional da Mulher. Para homenagear essas que são chamadas de sexo
frágil, mas que são guerreiras em essência, o ChildFund Brasil – Fundo para
Crianças entrevistou quatro mulheres líderes de suas comunidades e que atuam em
organizações sociais parceiras do ChildFund Brasil.

Eliane Monteiro é coordenadora do Grupo de
Educação e Desenvolvimento Apoio ao Menor – Gedam, parceiro do ChildFund Brasil há 27 anos. O Gedam está
localizado na comunidade da Vila Ventosa, região oeste de Belo Horizonte, estado
de Minas Gerais. A comunidade
onde Eliane atua é marcada pelo intenso tráfico de drogas. “Todas as nossas
ações têm o intuito de combater este mal, assim como o trabalho infantil,
evasão escolar e outras situações de agravo que atingem nossas crianças”,
explica a coordenadora. Há 11 anos na
organização
, Eliane é sinônimo de mulher
de liderança e pro atividade
para melhor atender as crianças. “Fazemos tudo
pela formação da criança e, por isso, temos como meta contínua dar voz à
comunidade. Por lutar pelos seus direitos, hoje a comunidade tem seis escolas
que cuidam da educação infantil até o segundo grau, posto de saúde, várias linhas
de ônibus, dentre outras conquistas. Precisamos
estar em constante mobilidade. Se a comunidade e nós enquanto instituição
ficarmos calados, nada muda”, concluiu Eliane.

Guerreira! É assim que
se define Miguelina Santos, de 43
anos, gestora do Conselho
Beneficente de Crianças e Trabalhadores Carentes de Quitaiús – Cobec. A organização fica no interior
do estado do Ceará, em Quitaiús, um distrito da cidade Lavras da Mangabeira. Miguelina está no Cobec há 27 anos, mesmo tempo da parceria
dentre a organização e o ChildFund Brasil. Há oito anos, ela se tornou gestora
da instituição
. De acordo com Miguelina, as crianças e adolescentes das
comunidades da região sofrem com todo tipo de discriminação e violência. “O
trabalho que realizamos contribuiu para o reconhecimento do indivíduo como
sujeito de direito, por meio de projetos como Crianças Educadas e Confiantes,
Jovens Capacitados e Participativos e, também, de palestras. A comunidade vem
conquistando cidadania e vendo seus direitos reconhecidos. Nosso trabalho é
apoiado na família e na escola, para melhor formar cidadãos”, conta Miguelina.
Ela também fala do desafio dessa formação: “Houve um impacto positivo durante a
migração do assistencialismo para o trabalho voltado à formação do indivíduo. É
muito importante trabalhar essa formação, que é para a vida toda. Tenho uma
satisfação imensa em realizar este trabalho. Os desafios são muitos, mas os
resultados são gratificantes”, finaliza Miguelina.

Miguelina Santos, gestora do Cobec, e as crianças

Maria das Candeias Vieira, de 43 anos,
conhecida simplesmente como Candeias,
é uma mulher com múltiplos papéis.
Ela é agente comunitária de saúde
24 anos e, há 16, participa do Conselho Gestor da Palestina que pertence à
organização social Associação Infantil da Palestina – AIP, parceira do
ChildFund Brasil, que atua na cidade de Orós, interior do Ceará. Atualmente,
Candeias é também presidente do Conselho
Gestor da Palestina, um
conselho pertencente à instituição, e tem uma rotina
agitada. “Como agente de saúde realizo visitas domiciliares diárias. São 16 por
dia. Cuido de 83 hipertensos, 23 diabéticos, oito gestantes e 70 crianças
menores de sete anos. Ao todo, atendo há 233 famílias em quatro comunidades”
revela Candeias, que ainda tem tempo para se dedicar ao Conselho. “As
comunidades ainda estão na luta contra a fome e a pobreza e têm a dificuldade
de acesso à saúde. A AIP é uma espécie de mãe da comunidade e durante as
reuniões levantamos possíveis soluções para os problemas citados. Temos
conseguido bons resultados, como jovens mais conscientes e seguros”, explica. Candeias
é casada e junto com o marido cuida de dois filhos e da mãe, que tem vários
problemas de saúde. Sinto-me vitoriosa
por conseguir realizar tanta coisa
. Gosto de estar junto com a comunidade,
aprendendo e ensinando. Sinto que nasci para isso. Sou apaixonada pela
Associação, pelas pessoas e pelo meu trabalho como conselheira”, conclui
Candeias.

Maria das Candeias Vieira, ou como é mais conhecida, Candeias

A coordenadora da organização social Sociedade de Apoio à Família
Carente – Soafamc, parceira do
ChildFund Brasil é a professora Maria do
Socorro Ferreira
, de 61 anos, 28
deles dedicados à Soafamc, que ela fala com muito amor. A Sociedade atende seis
comunidades da cidade do Crato, interior do Ceará. “Nossa luta é para combater a
pobreza, a droga, a prostituição e os lares desestruturados da região. Para isso,
a Soafamc investe na formação da cidadania. Antes, nosso desafio era acabar com
a fome e, por meio de atividades de formação, orientação às famílias sobre a
busca de emprego e preparação para o mercado de trabalho, foi possível
minimizar este problema. Hoje, nosso foco é mostrar aos jovens a capacidade que
eles têm de mudar a realidade. Nossa maior conquista é ver que muitos dos que
passaram por aqui estão na universidade ou já se formaram e estão bem de vida e
nos ajudam a prosseguir com o trabalho. Tenho muito orgulho”, conta Socorro. Mãe seria a palavra que melhor define
Socorro devido ao amor e proteção com que cuida da Soafamc e das crianças e
adolescentes.
Ela sempre diz que “para o jovem basta acreditar e ter uma
oportunidade que o sucesso chega”. Socorro chama esses jovens de filhos. A
coordenadora fala emocionada da satisfação que tem pelos anos dedicados à
Soafamc. “Quando confiamos em Deus tudo o que fazemos tem sucesso. Foram muitos
anos de dedicação e estou escrevendo um livro para que todos saibam como essa
casa foi construída com muito amor e solidariedade. Sou muito feliz com meu
trabalho e me sinto amada. Sou capaz de dar a vida pela instituição e pela
formação das crianças e adolescentes”, conclui Socorro.

Maria do Socorro Ferreira
ChildFund Brasil

O ChildFund Brasil é uma organização de desenvolvimento social que por meio de uma sólida experiência na elaboração e no monitoramento de programas e projetos sociais mobiliza pessoas para a transformação de vidas. Crianças, adolescentes, jovens, famílias e comunidades em situação de risco social são apoiadas para que possam exercer com plenitude o direito à cidadania.

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