Muito se fala que o futuro do Brasil está nas mãos das crianças e adolescentes, mas esquecemos que para garantir o desenvolvimento do potencial máximo de cada um deles, é preciso mudar o hoje. De que maneira? Garantindo o bem-estar e acabando com as privações múltiplas ainda na infância.
Pesquisadores de diversos países chegaram a conclusão de que a infância é uma janela única de oportunidades para promover saúde ao longo prazo. O conteúdo foi publicado no periódico Journal of The American College of Cardiology. Segundo eles, este é o período ideal para introduzir comportamentos saudáveis e duradouros que prevenirão doenças futuras.
Embora seja uma época excelente para ensinar a ter uma vida mais saudável, o estudo mostra que menos de 1% das crianças têm uma alimentação considerada ideal, e 50% dos adolescentes não se exercitam o suficiente. Hoje, uma em cada três crianças menores de 5 anos não está recebendo a nutrição necessária para crescer adequadamente, segundo o estudo Situação Mundial da Infância, realizado pelo Unicef.
O levantamento defende que crianças bem nutridas têm uma base sólida a partir da qual podem desenvolver todo o seu potencial. E, quando as crianças desenvolvem seu potencial, a sociedade e a economia também se desenvolvem melhor.
A publicação A Future for the World’s Children mostra que nenhum país protege de forma adequada a saúde, o ambiente e o futuro das crianças e adolescentes. O relatório foi feito por 40 especialistas em saúde infantil e de adolescentes em todo o mundo. Dentre as nações de língua portuguesa, o Brasil figura na 90ª posição.
O índice de sustentabilidade está incluído no estudo, e revela que países mais desenvolvidos emitem mais dióxido de carbono do que o objetivo nacional definido para 2030. Além disso, o levantamento avaliou a equidade e diferenças de rendimentos.
Segundo a comissão formada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo Unicef e a revista médica The Lancet, a saúde e o futuro de crianças e adolescentes em todo o mundo estão sob ameça, principalmente por conta da degradação ecológica, a mudança climática e a adoção de uma alimentação rica em açúcares, processados e pobre em nutrientes que tem contribuído para o aumento da fome oculta.
O documento recomenda, aos países em desenvolvimento, que se tenham mais ações para que crianças e adolescentes vivam mais saudáveis, já que as emissões excessivas de carbono podem comprometer o seu futuro.
Se o aquecimento global ultrapassar os 4º C até 2100, as consequências para a saúde infantil serão devastadoras, como por exemplo, ondas de calor extremo e proliferação de doenças como a malária e a dengue, sem falar nas condições como a subnutrição.
O Brasil e outros 192 países aderiram, em 2015, à Agenda 2030, com o objetivo de alcançar até 2030 os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Onze dos 17 ODS têm relação direta com os direitos das crianças e dos adolescentes, isso significa que a garantia do bem-estar infantil é uma condição essecial para o cumprimento da Agenda 2030. Ou seja, é comprometer-se com um modelo econômico, social e político que priorize crianças e adolescentes, especialmente os mais vulneráveis, colocando-os no centro da agenda global de desenvolvimento.
Estudos mostram que os investimentos mais valiosos são os que têm relação com o bem-estar infantil, já que são considerados os mais eficientes e os que dão melhores retornos econômicos.
A pobreza infantil não é um problema exclusivo do Brasil. Os impactos devastadores para crianças e adolescentes, bem como para a sociedade como um todo são universais. Vale destacar também que o significado de ser pobre não se concentra apenas na renda, ou seja, na pobreza monetária.
Outros fatores impedem o bem-estar de crianças e adolescentes, como privações à educação de qualidade e acesso a serviços básicos como água e saneamento, que são essenciais para que meninos e meninas possam desenvolver todo o seu potencial, o que é muito importante para o futuro do Brasil.
O estudo Bem-estar e Privações Múltiplas na Infância e na Adolescência no Brasil, realizado pelo Unicef, aponta que o nível de privação afeta 50% das crianças e adolescentes do Brasil.
Ao menos 23% da população de crianças e adolescentes no Brasil sofre privações de seus direitos fundamentais, vive em famílias com renda insuficiente para adquirir uma cesta básica de bens e serviços, e somente 39% não apresenta nenhum tipo de privação. Por outro lado, embora não sofra nenhum tipo de privação, 11,2% desse público são pobres por renda.
O estudo revela que gestores públicos devem levar em conta políticas públicas que beneficiem os adultos responsáveis pelos cuidados dessa população. Só assim será possível reduzir a pobreza na infância e adolescência. Políticas públicas de educação combinadas com políticas de cuidado, com foco nas mães, podem ajudar na redução de outras privações, como na proteção contra o trabalho infantil e/ou educação.
Serviços tão importantes como água e saneamento, ou ter uma moradia adequada, assim como o acesso à educação, são alguns dos direitos básicos que o Estado, em corresponsabilidade com a sociedade em geral, incluindo o setor privado, deve garantir para crianças e adolescentes.
O grau de aprendizagem de uma criança chega a ser três vezes maior quando acompanhada por algum programa de assistência à primeira infância.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, crianças que tiveram esse acompanhamento apresentaram menos da metade dos problemas por envolvimento com drogas do que as que não contaram com esse apoio.
Além disso, crianças bem cuidadas nos primeiros anos de vida tendem a ter salários, em média 36% maiores aos 40 anos de idade.
O apadrinhamento, por exemplo, tem impactado na saúde mental de crianças e adolescentes por promover o bem-estar psicológico e protege-los de experiências adversas que, segundo a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) podem afetar o potencial de prosperar, prejudicando, incluvise, a saúde física e mental na vida adulta.
De acordo com a organização, quanto mais as crianças e adolescentes são expostos aos fatores de risco como a pobreza, abuso ou violência, maior é o impacto na saúde mental, uma vez que mudanças físicas, emocionais e sociais os tornam mais vulneráveis.
Fomos eleitos por duas vezes consecutivas a melhor ONG para se doar na categoria Crianças e Adolescentes do Brasil pelo prêmio Melhores ONG’s, estamos presentes no Brasil há 54 anos e, no mundo, há mais de 80. A sua doação é revertida em desenvolvimento social sustentável de verdade.
Todos os nossos investimentos são para gerar uma transformação colaborativa e sustentável, ou seja, você vai dar à criança apadrinhada a oportunidade de participar de atividades conforme as necessidades das comunidades em que vivem. Ela poderá discutir os problemas de onde vive e buscar soluções. Essa escuta empodera os participantes para se tornarem agentes de transformação das suas próprias realidades.
Acreditamos que a transformação é para todos. O apadrinhamento garante para a criança e sua família uma vida com mais dignidade. Além de gerar melhorias profundas, de longo prazo, para toda a comunidade em que estão inseridos, uma vez que as atividades oferecidas englobam pessoas de todas as idades. Isso, é claro, também impacta o futuro do Brasil.
Nosso trabalho impacta milhares de pessoas. São 130mil pessoas beneficiadas com nossos projetos anualmente em área de grande vulnerabilidade social em 7 estados brasileiros. Educação financeira, água potável, empreendedorismo, resgate cultural, proteção infantil, preparação para o mercado de trabalho, horta alimentar, avicultura, segurança alimentar são alguns dos temas que trabalhamos em nossos projetos.
Saiba um pouco mais de como funciona o apadrinhamento pelo ChildFund Brasil a seguir:
Investimento na transformação – Ao apadrinhar uma criança, você contribui com um fundo coletivo que financia projetos sociais e atividades das quais a criança e sua família participam. Com pouco mais de R$ 2,20 por dia, você pode garantir a milhares de crianças brasileiras condições dignas de sobrevivência.
Vínculo afetivo – Você pode participar da vida da criança por meio de cartas, telefonemas e visitas supervisionadas.
Transparência – Todo o trabalho realizado com a criança apadrinhada será informado à você por meio de boletins periódicos, e-mails, e mensagens por WhatsApp.
Se você quer contribuir para a mudança das nossas crianças a adolescentes e para o futuro do Brasil, apadrinhe. Saiba mais aqui. Sua atitude pode salvar vidas!
O ChildFund Brasil é uma organização de desenvolvimento social que por meio de uma sólida experiência na elaboração e no monitoramento de programas e projetos sociais mobiliza pessoas para a transformação de vidas. Crianças, adolescentes, jovens, famílias e comunidades em situação de risco social são apoiadas para que possam exercer com plenitude o direito à cidadania.