A pobreza ainda é um assunto que preocupa no Brasil. Afinal, em 2017, de acordo com os dados do IBGE, houve um aumento de 11,2% no número de brasileiros que passaram a conviver com um renda máxima de R$136 mensais.
As crianças em situação de pobreza são as que mais sofrem nessa realidade, sem condições dignas para se desenvolverem, muitas vezes tendo de se afastar da escola para contribuírem em casa ou ainda vivendo em locais sem saneamento básico ou outros recursos fundamentais.
Apesar disso, existem organizações sociais como o ChildFund Brasil que tem lutado para reverter esse cenário. Quer saber mais? Continue a leitura!
Compreender a miséria e a pobreza no Brasil é muito importante, para assim, poder entender melhor o quanto a ação de organizações sociais na mudança desse cenário é fundamental para um futuro melhor.
Como dissemos na introdução deste artigo, a situação brasileira piorou em relação aos últimos anos. A crise econômica e a dificuldade em arranjar emprego foram os propulsores do problema, levando muitas famílias a viverem com menos do que um salário mínimo.
De acordo com um relatório da Abrinq, quase 17 milhões de crianças de até 14 anos (40,2% da população dessa faixa etária) vivem em domicílios de baixa renda. O Norte e o Nordeste lideram as estatísticas, com mais da metade das crianças vivendo com renda domiciliar por pessoa igual ou menor que um salário mínimo. Desse total, quase 6 milhões vivem em situação de extrema pobreza (ou seja, com uma renda por pessoa menor que 25% do salário mínimo).
Existem outros dados alarmantes sobre o cenário:
Buscando modificar essa situação e oferecer melhores condições de vida às crianças e aos adolescentes brasileiros que vivem em situação de pobreza, o ChildFund Brasil atua em 7 estados que apresentam grandes índices de pobreza, que são: Minas Gerais, Ceará, Piauí, Goiás, Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco.
Em 2017, a organização beneficiou diretamente 42.425 crianças, jovens e adolescentes que vivem em regiões de vulnerabilidade social, mesmo com a crise econômica e política a qual o nosso país tem passado.
Veja algumas ações de destaque do ChildFund Brasil nesse período.
Em 2017, o ChildFund fortaleceu e ampliou a sua base para 8.182 apadrinhamentos nacionais, somando 33.727 padrinhos ativos no país. A quantia arrecadada com essa iniciativa foi de R$29.180.000,00 destinada à 45 organizações sociais parceiras em mais de 50 municípios, atendendo 42 mil crianças e cerca de 140 mil pessoas indiretamente.
Esses padrinhos se comprometem com a doação mínima de R$67 mensais. O valor arrecadado mensalmente é investido em um fundo que possibilita a execução de atividades selecionadas de acordo com a necessidade de cada comunidade atendida. A aplicação desses recursos é acompanhada de forma rigorosa por uma equipe de profissionais e todos os dados são auditados, periodicamente.
Os padrinhos e madrinhas também podem se comunicar com os afilhados, caso desejem, oferecendo um suporte emocional e ajudando com exemplos para construir um vínculo afetivo, extremamente necessário na superação de conflitos, problemas e na formação do caráter de cada criança atendida.
Anualmente, os padrinhos recebem o Relatório de Progresso do afilhado, garantindo total transparência das ações.
Nos últimos anos, o ChildFund Brasil tem trabalhado para fortalecer os vínculos com a academia e o poder público, construindo um sistema capaz de mapear as desigualdades e apontar caminhos para a redução da pobreza.
Em 2017, houve a consolidação do Núcleo de Inteligência Social (NIS) em parceria entre o ChildFund Brasil, a Puc Minas e a consultoria em pesquisas de mercado R. Garber. O NIS será responsável por coletar, disponibilizar, analisar e interpretar dados de diversos índices capazes de auxiliar no desenvolvimento de projetos e tecnologias sociais que consigam modificar a realidade de crianças em situação de pobreza no nosso país.
Uma das primeiras realizações do NIS foi o índice que mapeia e classifica todas as cidades brasileiras, destacando os níveis de desigualdade e ajudando a identificar os municípios mais carentes de iniciativas sociais, além de aferir o número de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.
As tecnologias sociais são produtos, técnicas e projetos que possuem metodologias sistematizadas por pesquisas e avaliações constantes, permitindo que sejam replicadas em qualquer lugar.
Essas tecnologias são desenvolvidas a partir da interação e do compartilhamento de conhecimentos entre vários atores sociais, inclusive os integrantes das comunidades atendidas pelo ChildFund Brasil.
Com o uso das tecnologias sociais é possível viabilizar o desenvolvimento social em larga escala e atender demandas em áreas variadas, como energia, educação, alimentação, renda, saúde, habitação, meio ambiente, etc.
Atualmente, o ChildFund Brasil trabalha com 11 tecnologias sociais que estão implantadas em 45 organizações sociais parceiras. Em 2017, mais de 140 mil pessoas foram beneficiadas direta ou indiretamente por essas tecnologias, em 53 cidades brasileiras espalhadas por 7 estados.
Contando com o auxílio de 1861 voluntários, o ChildFund Brasil realizou, em 2017, 167 projetos como oficinas culturais, educativas e esportivas, além de rodas de terapia, reuniões comunitárias, palestras e muitas outras atividades.
Algumas tecnologias sociais de destaque no ano passado foram:
Além dessas, outras tecnologias sociais realizadas pelo ChildFund Brasil em 2017 foram:
Como você pode notar, em 2017, o ChildFund Brasil atuou de forma bastante ativa em 7 estados brasileiros com projetos e tecnologias sociais que ajudam a mudar a vida de crianças em situação de pobreza, melhorando também a situação da comunidade e das famílias envolvidas.
Se você ficou interessado pelo tema e deseja saber mais sobre como a sua participação pode ajudar a modificar a realidade de várias crianças em situação de pobreza no Brasil, baixe o nosso infográfico e entenda mais sobre a realidade brasileira.
O ChildFund Brasil é uma organização de desenvolvimento social que por meio de uma sólida experiência na elaboração e no monitoramento de programas e projetos sociais mobiliza pessoas para a transformação de vidas. Crianças, adolescentes, jovens, famílias e comunidades em situação de risco social são apoiadas para que possam exercer com plenitude o direito à cidadania.