Você sabe o que significa Advocacy?

Advocacy é uma prática ativa de cidadania. Tal iniciativa se caracteriza pela argumentação e  defesa de causas e direitos, podendo influenciar a criação de políticas públicas efetivas,  que tragam benefícios aos temas debatidos.

O termo é inglês, derivado do verbo to advocate (advogar), mas tem origem no latim advocare, cujo significado está associado à realidade da atividade e corresponde ao verbo ajudar. Pessoas físicas e inúmeras organizações validam essa prática, a partir de um nicho específico com os quais se identificam e passam a trabalhar a favor.

É o caso do combate à pobreza e da proteção aos direitos das crianças e adolescentes — atuação em que o ChildFund Brasil é presente e reconhecida mundialmente. Além de outras esferas em que a instituição é muito presente, como a de direitos humanos, minorias raciais e de gênero,  acesso à saúde e combate à violência.

Como se dão tais ações na prática, quais os benefícios que geram e a importância que têm para a sociedade? Saiba mais sobre o Advocacy neste post!

Como praticar Advocacy?

Para conseguir o apoio da opinião pública e incentivar a criação de políticas públicas, o Advocacy se inicia na coleta de evidências sobre uma situação cujas características demonstram a necessidade de mudança, criação ou extinção de leis. A partir daí, os grupos e organizações utilizam mecanismos pacíficos de mobilização social para conseguir a atenção dos governantes e da mídia.

Exemplos disso são a criação de abaixo-assinados, passeatas, manifestações, debates, palestras e reuniões. Todos esses são exemplos de fomento ao diálogo e da conscientização da opinião pública para mudar algo com que parte da sociedade se preocupa ou é vítima.

Por que Advocacy é importante?

O exercício da cidadania tem um papel fundamental na diminuição de desigualdades e injustiças sociais, na promoção de bem-estar e da dignidade, principalmente dos membros marginalizados da sociedade. É fazer com que o sistema olhe e tome providências sobre questões e demandas as quais, sem a pressão pública, seriam ignoradas.

Essa negligência acontece por fatores diversos, como ausência de conhecimento sobre o tema, a inexistência atual de boas-práticas a serem copiadas como solução, falta de vontade política e orçamento restrito. Inclusive a falta de espaço para discussões que não abrangem o tema ou problema por não ser considerado importante o suficiente. A partir dessa realidade, grupos de cidadãos e organizações lutam para pôr luz sobre assuntos não-explorados, a fim de resolvê-los ou construir alternativas para sugerir e reivindicar que sejam regulamentadas e cumpridas.

Exemplos de Advocacy

São muitas as formas de manifestação desse tipo de iniciativa. Um exemplo seria quando um bairro sofre com algum tipo de ineficiência, como o estouro de um cano que passa a vazar água para todos os lados. A partir disso, os moradores se reúnem e passam a cobrar soluções e melhores práticas de manutenção dos sistemas de abastecimento.

Portanto, o Advocacy existe para melhorar a sociedade, tornando-a mais justa. Com isso, abrange todos os atores presentes na dinâmica da vida moderna.

No caso do ChildFund Brasil, a atuação de Advocacy pretende valorizar, proteger e promover os direitos de crianças, adolescentes e jovens, tornando-a prioridade em todas as instâncias dos governos. Com isso, visa garantir desenvolvimento saudável e proteger os jovens das principais ameaças em que essas faixas etárias estão sujeitas.

Malala Yousafzay

Para cumprir essa importante missão, a organização precisa estar antenada para monitorar cenários e articular com os atores de influência para evitar qualquer violação de direitos e/ou retrocessos. Pelo mundo, há inúmeras causas que se identificam com o Advocacy, como por exemplo, a situação de 130 milhões de meninas sem acesso à Educação.

A paquistanesa Malala Yousafzay (Nobel da Paz em 2014) era uma delas, mas após sofrer um atentado por insistir em seu direito de estudar, hoje mobiliza o mundo para influenciar mudanças em legislações, práticas e culturas que proíbem meninas de irem à escola. Por meio de sua influência e mobilização — seja a partir do Fundo Malala, suas palestras, entrevistas e livro —, Malala consegue influenciar tomadores de decisão a enxergar a importância da causa que defende.

Da mesma maneira, o ChildFund Brasil tem trabalhado para defender o direto de menores. Por isso, um Advocacy eficiente é sempre construído por muitas mãos.

ChildFund Brasil

Seguindo o princípio que juntos somos mais fortes, o ChildFund Brasil participa de algumas redes de coalizão para a proteção infantil. As principais delas são: Parceria Global para Erradicar a Violência contra Crianças, da ONU, a Joining Forces for Children, movimento de ONGs que se uniram pela proteção infantil em Bellagio, na Itália e a Child Rights Now.

No cenário brasileiro, o ChildFund Brasil tem parceria com a Rede Nacional de Primeira Infância e no GT de Direitos Humanos do Pacto Global. Localmente, incentiva que as organizações sociais parceiras atuem junto à rede de proteção de cada município (como o conselho tutelar e secretaria de direitos humanos). Assim, o ChildFund Brasil está fortalecendo os direitos das crianças e dos adolescentes, principalmente por meio do apadrinhamento, cujos benefícios se refletem em toda a população.

Quer fazer parte dessa mudança? Baixe o e-book Desmistificando o Apadrinhamento e venha conosco!

LEIA TAMBÉM