A escrita diária de cartas que se transformou em profissão por causa do ChildFund Brasil

Por Agência WGO, responsável pela assessoria de imprensa do ChildFund Brasil, de agosto de 2022 a janeiro de 2023, com informações de Marcelo Martins, assessor de marketing e comunicação do ChildFund Brasil.

 

Na zona rural da pequena cidade de Jenipapo de Minas, localizada na região do Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, nasceu Daiane Ribeiro. Ela vivia com a mãe, o pai e dois irmãos, em uma comunidade em situação de vulnerabilidade social. “A gente que nascia em comunidades rurais da região, antigamente, tinha poucas possibilidades de crescer na vida”, lembra Daiane. Filha de trabalhadores rurais, ela conta que as condições na época eram precárias em sua residência. “Buscávamos água no rio e o banheiro era com fossa”, relata. Mas, aos seis anos, ela teve a oportunidade que marcaria a sua vida para sempre: foi apadrinhada no ChildFund Brasil.  

 

 

 

Daiane hoje tem 30 anos e trabalha na AMAI, organização parceira do ChildFund Brasil. Foto: Arquivo.

 

 

Por viverem em uma agrovila afastada da cidade, a frequência com que recebiam visitas das educadoras não era tão próxima, mas a menina frequentava as aulas de teatro e informática ministradas. Desde pequena, participava ativamente das atividades e reuniões de jovens da comunidade, aprendendo desde cedo seus direitos e deveres como cidadã. “Muitas vezes confiavam a mim algumas ações na comunidade, o que foi fortalecendo o meu lado de voluntária e a lutar pelo bem comum”, relata Daiane. Com o tempo, a jovem passou a ser líder em sua comunidade, inclusive auxiliando as crianças a escreverem suas cartas aos padrinhos e madrinhas.  

O auxílio se transformou em ofício. De tanto ajudar as crianças a escreverem cartas, acabou trilhando sua carreira como professora: formou-se em Letras na cidade vizinha, Araçuaí, onde exerceu a profissão por sete anos, até ser convidada pela Associação Municipal de Assistência Infantil (AMAI) a atuar na organização social parceira do ChildFund Brasil. “Tenho uma paixão imensa pelo local onde eu vivo e desde criança sempre admirei o trabalho que as educadoras realizavam na minha comunidade”, explica Daiane.  

Em seu papel, ela ajuda na escrita das correspondências e explica às famílias que é necessário mostrar aos padrinhos em suas cartas que o ato do apadrinhamento é muito importante e ajuda na formação delas. “O apadrinhamento faz muita diferença na vida das crianças”, finaliza. 

 

 

 

Participação da Daiane (ao microfone) no Encontro de Educadores, que reúne gestores e educadores das organizações parceiras para aperfeiçoar o relacionamento com padrinhos e madrinhas e as atividades com as crianças. Foto: Marcelo Martins.

 

 

 

Ao participar do Encontro de Educadores do ChildFund Brasil, em Belo Horizonte, em 2022, Daiane foi enfática: “quando comecei a participar das atividades na AMAI, eu vi novas possibilidades de mudar minha vida; trabalhar na AMAI é fazer a diferença na vida das pessoas. E esse era meu sonho: fazer a diferença na vida das pessoas, como o ChildFund Brasil fez na minha”.

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